LUDOVICUS - INSTITUTO CÂMARA CASCUDO
preservando a memória e dignificado a cultura
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Na sintese panorâmica da existência do meu pai Luiz da Câmara Cascudo, o coração bate forte,apontando figura feminina que ele denominava, na dedicatória dos seus livros,"animadora incomparável " ou "flor sem espinho". DÁHLIA FREIRE CASCUDO,de tradicional familia macaibense,filha caçula do juiz de direito,depois presidente do tribunal de justiça do Rn e desembargador JOSÉ TEOTONIO FREIRE e da fildaga MARIA LEOPOLDINA VIANA (Macaibense),conhecida como sinhá,virtuose no piano e apaixonada pela lingua e civilização francesa.
Luiz conheceu com dezesseis anos,aluna das irmãs dorotéias,timida,encabulada.Criticado pela genitora,donana cascudo,por deixar de lado nomes famosos de apaixonadas mulheres e se interessar apenas por uma menina,respondeu ofertando à linda adolescente a boneca elza.
Foram cinquenta e sete (57) anos de casamento harmonioso e feliz.Pergunto-me se a obra gigantesca de luiz da câmara cascudo,profunda e consistente,existiria uma tal dimensão,sem a permanente doçura da companheira.Como filha observadora,mas ainda calcada na prática da promotoria de justiça e no exercício jornalistico,opinei.Escrevi que: " O segredo de dáhlia foi a definição da escolha.Ela possuiu a lucidez de peneirar o real,reservar o importante,apagar o supérfluo.Fazia-se de desentendida quanto uma escapadela boêmia,valorizando a harmônia familiar, a segurança do lar, a simplicidade do cotidiano.O marido conservou ideário de liberdade,sem amarras,buscas,averiguações.Regressava para o carinho leal e aparente credulidade nos seus sonhos".AUTORA:Anna Maria Cascudo Barreto.
Detalhe: Dona dáhlia freire era sobrinha do Lider macaibense Manoel Mauricio Freire.
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