Manoel Mauricio Freire de macedo

3 de janeiro de 2013

OCTACILIO ALECRIM - O MACAIBENSE NATO

                                                          
 Octacilio Alecrim nasceu em Macaiba a 11 de Novembro de 1906 e faleceu a 02 de setembro de 1968,no Rio de Janeiro,aos 62(sessenta) e dois anos.
           Era filho de Ana pulcheria de melo Alecrim e Prudente Gabriel da Costa Alecrim,coronel da guarda nacional,fazendeiro e comerciante próspero,com prensa de algodão e armazém de vinhos cereias e ferragens nas prateleiras.Era um homem desenhado em traços fortes, co incursões na politca,por presidiu o Conselho Municipal de Macaiba.E presidencialista convicto,com declarada admiração por Campos Sales.De hábitos finos,bem tralhado no seu brim agaota e chapéu-do-chile nos dias de semana, do fraque,casaca,cruazé e cartola nas festas solenes da Cidade.Tinha de gado,algodão,feijão e milho; e sitio para o lazer da familia,com fruteiras e banho de açude nas manhãs de domingo.
            Octacilio Alecrim é uma figura mítica: conhecida - por uma pequena minoria que e interessa por literatura como sendo um dos intelectuais  mais inteligente e eruditos nascidos em nosso Estado,pouco se saber,no entanto, a respeito de ua biografia e dos livros que escreveu.Saber-se apenas que ele tornou conhecido nacionalmnte plos estudos precursores sobre o romancista francês Marcel Proust.Demonstrou profundo conhecimento de " À la recherche du temps perdu" num momento que seu autor ainda não fora,entre nós,objeto de consagração universal dos meios acadêmicos,nao recbera ainda unânime unção da critica chamada "judicante" que servia de orientação ao gosto dos leitores  ais exigentes,nem fora,ainda,considerado digno grandes investimentos editorias.Lembre-se que a " Provincia Submensa"- um titulo visivelmente  proustino - foi publicado pelo proust-clube Brasil em 1957, o que evidencia o quanto Octacilio Alecrim era valorizado por esse movimento de culto  à imagem litérária e à obra de Proust.

            Da mãe,pianista,leitora de romances e mulher de prendas domésticas nas boas artes o lar,herdou a fidalguia ;e do pai, o pedor pra letras.E Octacilio  quem descreve a estante de livros,gêneses das suas sensibilidade inteletuais,modelando,no silêncio do casarão da infância, o grande eleitor do futuro:
           "Recordo-me bem de que,no seu armário,estilo antigo,havia obras traduzidas de Camilo Flamarion e Júlio Verne, a Biblia Sagrada,uma tradução portuguesa om notas de Delaunay;o Chernoviz; A história do Rio Grande do Norte, de Rocha Pombo; o Lunário Perpétuo;coleções dos almanaques Garnier e Bertrand; livros de tavares de lira e Tobias Monteiro,eminentes historiadores coestaduanos dos quais era amigo afeiçoado,opúsculos de Henrique Castriciano de Souza e Eloy de Souza;Pela educação Nacional de josé Augusto;brochuras de Ruy na campanha civilista;publicações sobre agricultura; o dicionário ilustrado de simões Fonseca,coleções encardenadas Eugene Sue, e muios fasciculos de Michel Zevaco,Sherlok Holmes e Nick  Carter,gêneroeste (icção de mistério) que muito apreciava.
             Dessa mesma pequena prateleira doméstica,alecrimrecebeu os primeiros sinais da grande literatura- o monge de cister, de Eurico; o bobo e as lendas narrativas, de herculano; viagens na minha terra,de Almeid Garrett; a retirada da laguna, de Taunay;; A esfinge de Alfranio Peixoto;canãa, de Graça Aranha,miragem,rei negro e inverno em flor, de Coelho Neto;poesias de Olavo Bilac e Sertões, de Ueclides Cunha;Alémde livrosem francês e uma coleção com ilustrações coloridas que o levaram a conhecer, em viagens mágicas, o japão de Oliveira
               Ao decrever a casa da infância - uma casa de gradil, na Rua da Conceição,padroeira da Cidade de Macaiba,com suas quatros janelas abertas para a nascente - é como se o homem Octacilio Alecrim reconstruísse too seu undo perddo.Mas,ainda iluminado,proustiamente,pelo sóbrio lustre de bronze sob o teto de madeira da ampla sala de visitas,com suas cadeiras palhinha, o chão aveludado,forrado por um tapete persa; o piano,os consolos jacarandá e mármore onde descansava os tulipeiros; os quadros e os indespensáveis retratos de familia com o olhar patriarcal e austero de um comedador.Teve uma infância cheia de brinquedosde feira - berimbau,cavalinhos de barro,bodoque,calungas e papelão e pistola de taboca.Mas, de tudo restou para sempre no sótão da alma do menino, um cão felpudo, de brinquedo, com  qual dormia,ouvindo uns versos que dia reencontrou no roseira brava, de Palmyra Wanderley.
                                   
Manoel Mauricio Freire de Macedo - Pesquisador.

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