Manoel Mauricio Freire de macedo

7 de janeiro de 2013

HENRIQUE CASTRICIANO DE SOUZA

              Nascido em Macaiba, em 15 de março de 1874. Filho de Eloy Castriciano de Souza,comerciante e politico em Macaiba, e Henriqueta leopoldina Rodrigues de Souza nasceu Henrique Castriciano de Souza na rua do Porto ( hoje rua Teodomiro Garcia),na então villa de Macaiba,Rio Grande do Norte, onde viveu ate 1879 quando, aos dezoito (18) anos, é acometido pela mesma tuberculose que matara o pai ( com 38 anos)  e a mãe ( com 27 anos) nesse mesmo ano e acometera posteriomente a sua irmã, a então poetisa Auta de Souza
             A avó materna Dindinha veio em Junho de 1879 buscar os cincos netos órfãos e levou-os para o Sitio do Arraial,bairro do Recife.Logo separa-se dos irmãos Eloy ( o mais velho),Auta, Irineu Leão( morto no incêndio) em 1887 quando seus avós, como então era costume pelas familias de posse na época, o encaminhan a bem sucedidas viagens de cura á Suiça.Retorna à Macaiba em fins de 1890, com 16 anos, já escrevendo versos.Para terminar os estudos, transfere-se para o Recife e,em 1893, parte para a vila de Angicos onde aparentemente recupera a saúde.Em 1894 parte para a Serra de Martins com a intenção de consolidar a cura.
              Apesar de viver sempre estudando,formou-se muito tarde, no Rio de Janeiro, aos 30 anos de idada. A moléstia atrasou sua carreira e sua vida.Passava sempre temporadas no interior do Estado,procurando melhores ares: Nessas estadas, lia muito e escrevia versos primorosos.
               Em 1892 publica em Natal seu primeiro livro de versos,Iriações, e o segundo,Ruinas, sai em Forteleza pela tipografia Universal em 1899, com prefácio de Rodrigues de Carvalho. No mesmo ano publica Mãe, com prefácio de Olavo Bilac.
               Recebe em mãos a compilação de versos da irmã Auta de Souza sob o titulo de Dálias e, numa viagem ao Rio,em 1900,procura uma editora para a sua publicação.Olavo Bilac, seu amigo,aprecia a obra e se encarrega de prefaciar o livro,passando a se chamar "Horto" à pelido de Auta. Concluiu seus estudos no Atheneu Norte Riograndense,dando inicio ao seu curso jurídico na Faculdade de Direito do Ceará, o qual formou-se como bacharel em 1908.
ATUAÇÃO PROFISSIONAL:
             
               Foi Secretário de Governo  e procurador geral do Estado.Eleito e reeleito seu Vice-Governador e investido dessas funções,preside o Congresso Legislativo do Estado.Estimulou a criação dos grupos de escoteiros de Natal, sendo homenageado, em Fortaleza(CE),pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB), com entrega da medalha Cruz de São Jorge pela introdução do escotismo no RN e seus serviços prestados à educação.
                Foi redator do jornal "A REPÚBLICA" duarnte mais de trinta anos e secretário durante os Governos de Alberto de Albuquerque Maranhão ( onde cria a lei número 145 de 06 de Agosto de 1900, que garantia a publicação de toda e qualquer obra de cunho literário ou cientifico de enteresse reconhecido e Augusto Tavares de Lira,além de vice-governador de Joaquim Ferreira Chaves e Antonio José de Melo e Souza.
                 Em meados de 1909 viaja para a Europa, levando a idéia de colher informação para uma escola doméstica,destinada a valorizar o cotidiano familiar e fazê-lo no plano da integração social da mulher,elevando-a pela tecnica e dignificando-a pela consciência de sua indispensabilidade produtora.Viajou através da Suiça,Italia,Portugal,Espanha,França,Grêcia,Egito e Palestina.
                 Em uma segunda viagem, em 27 de agosto de 1913, visitou a Belgica e a Alemanha.Sua temporada nos sanatórios da Suiçapassagem na Belgica foi a ressurreição para Henrique.Voltou remoçado entusiasmado com o que vira no setor da Educação popular. O resultado foi a criação de uma liga de Ensino em 1911 e a Fundação da escola doméstica em 1914.Fez-se professor emérito e foi fundador, ao lado de eminentes coestadanos, do complexo de ensino o qual engloba a Escola Doméstica de Natal, o colégio Henrique Castriciano e hoje a Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN - FARN.
                 Abondonado a politica,fixa-se no Rio de Janeiro,fazendo jornalismo e advocacia,Regressa ao Rio Grande Do Norte em 1933, para dirigir a Secretária do Tribunal Regional Eleitoral. Com a ditadura de Getulio Vargas e extinta a justiça eleitoral, fica em disponibilidade. Volta ao Rio, sendo aproveitado no Tribunal de Conta.Aos 68 anos foi aposentado compulsoriamente, com ordenado de seiscentos cruzeiros mensais - muito pouco para a época.Solteirão inveterado, já velho,após longo sofrimento de mais de dois anos,internado em hospitais de Natal,praticamente sozinho,Henrique Castriciano morreu no dia 26 de Julho de 1947,na cidade de Natal.

ATUAÇÃO LITERÁRIA:
                 Desde jovem,Castriciano revelou o seu talento literário escrevendo artigos,crônicas e poesias para diversos jornais e revistas do País, principalmente Natal. Um de seus poema,O Aboio, é um grande nome na literatura potiguar.
FONTE: MANOEL MAURICIO FREIRE - PESQUISADOR.
             

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